Fotoblog: Mania de Kid Abelha
por Marcelo Moraes
Falar de música, na minha leve concepção, não é tocar na mesma tecla. É um dos assuntos que se encaixa tão bem quanto pensar na pipoca durante um filme; ou de tomar café pensando num pão de queijo para acompanhar. Ele não se esgota, não é limitado, não é redundante. Porém, depende muito de quem o aborda, afinal, se não se tem uma leve noção do que se fala, cai nas armadilhas do senso comum (o que o marketing propaga, o povo engole como sua lei). Não sou do grupo que fala “sou fã de carteirinha” de alguém, tampouco o trate como um Deus de algum povo. Apenas um admirador em potencial. Conforme o artista o qual se admira, há vários aspectos para ele ser admirado. No meu caso, para o cantor, a sua arte de cantar. Beleza ajuda, mas... (Vamos deixar isso para a Malhação da Globo, que já perdeu o foco do projeto há tempos, pensando apenas em lançar rostinhos comerciais para as futuras novelas da casa) Não perco o foco de admirar a sua arte, ponto, parágrafo, na outra linha…
Você já teve algum hábito que só se deu conta de que o fazia quando sentiu falta dele? Não que fosse um hábito adquirido conscientemente, como entrar com o pé direito em algum novo lugar, mas algo que, sem perceber, virou uma espécie de mania? Aconteceu isso comigo com um destes CDS estampados sobre o meu cobertor ZELO! :D Você tem vários CDS, vários arquivos MP3 no computador, portáteis e mídias de dados, mas quando está para fazer alguma tarefa em casa e precisa pôr uma música ambiente, você roda, roda e roda a estante de CDS e repara que sempre acaba pegando o mesmo CD para ouvir! E assim virou a minha mania de Kid Abelha. Estranho? Ridículo? Exótico? Neurose? Doideira? Besteira? Bobeira? Não sei, se houver uma resposta, “quererei” saber também, pois nem eu sei rss Ou será que sei?
A Hora do (meu) Pesadelo…
O acústico “Meio Desligado” foi um dos primeiros CDs que adquiri quando chegou o CD Player de número um em casa. Foi comprado sem muitas expectativas, mais por ter músicas “conhecidas” e por eu não ter, na época, um repertório tão variado de gêneros que tenho atualmente. Tenho simpatia pelo grupo. Mas o que mais me marcou neste CD não foi tanto decorar as falas e as músicas, o que é inevitável neste tipo de gravação, mas a música “Eu tive um sonho...”, que como nos meus sonhos, eu me via me atirando de um prédio por estar fugindo daqueles malditos soldados hidler (foto) dos Changeman, lembra disso? rss Aquelas criaturas azuladas me perseguiam nos sonhos como Freddy Krueger kkkk Claro, os sonhos ocorreram na infância, mas a memória foi além, muito além disso, principalmente quando a música chegou na seguinte parte:
“Eu tive um sonho
Muitos soldados
Me procuravam dentro do
Meu prédio
E era preciso
Voar pelas escadas
Pra não deixar que eles
Chegassem perto
É o que devemos fazer
Não temos que ter medo
É o que devemos fazer…”
E lá fui eu fugir daquelas tranqueiras do VHS… Esta música não me traumatizou, mas não me deixou criar qualquer outra interpretação a não ser um clipe exclusivo de minha própria autoria. Era a trilha sonora do meu sonho, olha que chique! kkkkk
E até hoje não me esqueço deste sonho, muito menos que acordei suado e na hora que me jogava (pulava) do prédio, eu ia caindo, caindo, caindo, e quando achava que ia virar uma omelete, era amortecido por um aglomerado de pneus de uma borracharia, onde os AVATARES do mal já estavam a postos para me pegar kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk“Eu tive um sonho
Vou te contar
Eu me atirava do
Oitavo andar
E era preciso
Fechar os olhos
Pra não morrer e não me
Machucar…”
“Quem pede um, pede bis!”
Fazendo um salto para os últimos anos, mesmo já com os aparelhos portáteis explodindo nos ouvidos dos –cada vez mais surdos- seres humanos, comprei outra coletânea do grupo (ourvir Kid Abelha sempre foi à base de coletânea mesmo, nunca fui de acompanhar a banda como faço com outros cantores) bem no estilo “por apenas ‘tantos reais’”, mas foi quando comprei o Acústico MTV (no seu lançamento), que a mania de Kid Abelha me pegou. Foi com este CD que virou mania eu sempre escolhê-lo para tocar quando procuro uma “musiquinha” para ocupar o ambiente. Agora sim, já passou a ser consciente esta opção, afinal, virou mania!
“Bonus track”
Contestações à parte se Paula Toller é ou não uma boa cantora, pois só conheço seu trabalho de estúdio, sei que nada do que disser vai mudar alguma coisa na minha escolha pelo CD, pois não é todo mundo que tem o prazer de ter uma trilha sonora de um sonho como eu, né não? :D
A vida pode ser cheia de desgraças, mas como vale a pena lembrar destes momentos!
“É o que devemos fazer
Não temos que ter medo”
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Olha eu lembro do Kid abelha e os aboboras selvagens.... putz agora entreguei heim!
ResponderExcluirVocê tem bom gosto pq kid abelha é show de bola... eu curto muito mesmo.
E pra falar a verdade.... musica é atemporal! Se for boa... dura pra sempre.
Abçs