Solidão? Que nada! #blog
por Marcelo Moraes
Não estou preocupado com o que irá pensar, mas sim, com o que irei te escrever. Preciso ter em mente que este espaço é, antes de tudo, meu. Tenho que, primeiramente saber disso e ter a sensação de estar nele de alguma forma. Depois desta conexão estabelecida, aí sim irei te escutar, mesmo achando que você (ou ele, ou ela) não compartilha da mesma razão...
A tentativa...
Não costumo fazer leitura dinâmica nos blogs. Quando leio um título de post que me aguça a “clicar djá” deixo para voltar depois, quando meu tempo me permite. Em minha lista, há os blogs para consulta e os blogs para leitura. E para os de leitura, utilizar o olhar “dinâmico” não traduz numa boa estratégia. Para isso que os blogs estão recheados de ferramentas para podermos acessar as diversas postagens de ilimitados endereços que nos interessamos. Quando comecei a vasculhar estas novidades para entender que o blog é um blog, fui pisando em ovos por um bom tempo. E com este tempo descobri os blogs que ensinam a blogar, sem ao menos saber classificá-los. Depois de um certo tempo, soube que são chamados de metablogs. E aí passei a navegar por “águas” a perder de vista. Eu e as “águas”, eu e os “metablogs”.
A cartada (O início)
A curiosidade sempre foi e sempre será a chave mestra para o nosso conhecimento. Isso é fato. Ninguém vai ter interesse se não tiver um olhar curioso na frente. Por isso conhecemos os famosos ditatos populares: “Devagar se vai ao longe”; “Antes tarde do que nunca”; “A pressa é a inimiga da perfeição”; “Antes só do que mal acompanhado”; “Quem vê cara não vê coração”, e tantos outros. E durante um bom tempo, minha curiosidade foi conhecer a esfera dos blogs conhecida como blogosfera. Uma coisa que aprendia me levava a outra, e assim fui nutrindo meu tempo e meu cérebro a querer cada vez mais, materiais para estruturar e qualificar o meu blog. E tudo o que fui aprendendo – no modo “devagar se vai ao longe”- também fui compartilhando, dica esta que aprendi muito bem*:
Ano Novo, Roupa Nova, Blog Novo!
A jogada (O meio)
Então você se depara com vários posts dando dicas e mais dicas para melhor blogar. Você aprende que, se não fizer nada, ninguém o fará para você. Tem mesmo que pôr a mão na massa! E eu pus, e continuo pondo. Estas dicas funcionam e são necessárias sempre. Porém, as tenho utilizado de maneira bem mais centrada àquilo que é necessário eu saber ou usar. O tempo me deu esta condição.
A continuação do meio...
Quando você vai de encontro àquilo que você quer fazer, tudo contribui para ser produtivo, entrentanto, em se tratando deste nosso universo virtual, nossa vida offline ou vida real, acaba fazendo algumas alterações em nossas programações bloguísticas, e aí começa um período de mudanças. Aqui no Abrazar La Vida sempre deixei claro isso, não como desculpa, mas como forma de satisfação a quem semeou uma conexão comigo (ou com o blog). Sempre deixei claro também do quanto este espaço me faz bem, me acrescenta. E surgiu o período de mudanças, onde não mais trazia atualizações constantes com o mesmo teor do início. E chega um período onde você se entrega à rotina de “não ter tempo para postar”, e vai deixando seu blog hibernando e quando vê, você está hibernando também. Verifica sua lista e percebe que tantos dos blogs que segue continuam postando como se não passassem por isso; que outros parecem uma linha de produção, como se postagem fosse um produto de fábrica. E arrisca a entrar nestes blogs e se surpreende com tamanha quantidade de comentários. E cutuca em você aquela sensação de estar só, de abandono.
O truque (Solidão? Que nada!)
Mas como levo a sério as dicas que há tempos aprendi, sei que temos momentos assim, de não sentirmos aquela vontade (ou inspiração, ou motivação, que seja) de mantermos “ativos” com o blog, muitas vezes por fazermos esta “conexão” do número de comentários versus assuntos dos blogs vizinhos. Sempre tenho citado o meu blog como “esta casa”, justamente porque, na minha casa, não recebo visitas o tempo todo, nem faço festas sempre, mas quando uma visita aparece, ela chega bem recebida, digna de uma convidada especial. E aqui no blog encaro assim: quando a visita vem e deixa o comentário é como este convidado especial, mas quando não deixa, não deixa de ser este convidado também, pois se temos quem nos liga, nos escreve ou nos acompanha em alguns programas de lazer, temos também, os assinantes feed e das outras redes sociais que eles são indexados, que nos conectam com este mesmo significado.
Não desejando um fim...
Duas postagens me fizeram relembrar estes momentos, pois estava retornando às leituras dos blogs que havia deixado no modo lentium, e de repente me vi nas duas situações: A busca de dicas para blogar, neste post da Luma, e a sensação de distância, neste post do James. E como disse no post de dois anos do blog (“o que podemos compartilhar, vou da minha maneira, aqui postar”), o que tenho exercitado bastante é filtrar estas dicas, não as tomando como regra única, porque quem quer a popularidade instantânea em seu blog, por exemplo, na verdade não quer nada, porque ele (ou ela), a priori, não faz nada para si e não trata o seu blog como a sua casa, mas como uma passarela. Lá não tem sofá, não tem café, não tem recepção, só aquela falsa sensação de estar num lugar “especial”, mas sem identidade, sem conteúdo. Aos olhos dela, está num “paraíso”, mas aos nossos, apenas numa passarela. Mas há quem não pense assim. Por isso meu foco neste blog não muda, quem o acompanha sempre saberá que quando estiver lendo um post, que este post será meu. Se concordará ou não com minhas opiniões, é sinal de que está aqui para me dizer (ou apenas pensar em silêncio). E o nosso blog tem um acervo justamente para ser consultado a qualquer momento e quantas vezes for necessário. Se um post não foi lido hoje, pode ser lido por alguém no próximo ano ou no dia seguinte, ou daqui há algumas semanas, nunca se sabe...
“Navegando e blogando e seguindo a emoção...”
Não se preocupe em esperar que as pessoas só comentem (ou sempre comentem) em seus posts, pois há tantas nesta blogosfera querendo seu “status quo”, e como são pessoas, apenas pessoas, algumas mentem para serem as futuras “queridinhas” do “povo”. Você não! E se deixares um comentário também para si, seu post já terá um grande leitor! E isso já é um bom começo.
Mas quer uma dica?
Faça um post para você. Eu já fiz um para mim e foi tão bom que depois cheguei até a fazer um para você, lembra dele?
Mas este fui eu que fiz, por isso, te pergunto: Posso esperar pelo teu, também?
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Excelente post,Marcelo.Você disse tudo.Parabéns.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Nossa amigo, minha casa ta abandonada... não sei, mas passo frequentemente por essa falta de inspiração.Gostaria que o blog fosse uma terapia pra mim como é pra vc...
ResponderExcluirAbração
Marcelo,
ResponderExcluirCreio que a maioria dos blogueiros passa por esta crise. Estou nela no momento, então decidi dar um tempo enquanto estou de férias, para repensar, realinhar as estruturas e então seguir e frente. Logo no início do post você disse uma frase que tem de ser levada em conta por todos: "Não estou preocupado com o que irá pensar, mas sim, com o que irei te escrever". É nesta linha que tenho tentado seguir.
Belo texto. Grande abraço.
Muito legal seu texto! Meus blogs são uma terapia. Acho que mais na hora que escrevo os posts do que depois que os publico, porque enquanto estou digitando, remexendo, tirando e colocando frase e palavras, parece que aquilo me pertence completamente, e depois que eu publico passa a pertencer a todos, então a satisfação é outra, a do retorno que me dão, mas a terapia mesmo, quando sinto que estou me esvaziando, é no momento que escrevo...
ResponderExcluirE com o tempo, fui percebendo muita coisa que não funcionam em blogs e até resolvi fazer um tipo de post bem polêmico que é dizendo o que não gosto em blogs. Algumas pessoas adoram, outras detestam, mas gosto de fazê-los, porque muita gente que tá começando pode absorver algumas dicas... Eu quebrei muito a cara, fazendo besteiras no início, depois a gente amadurece e começa a sentir o que necessário...
Beijocas
Marcelo,
ResponderExcluirMe identifiquei bastante com este post.
Tenho blog há dois anos e meio. Mas, só fui receber comentários mais consistentes e numerosos depois de outubro do ano passado, quando promovi a blogagem coletiva Professores do Brasil.
Percebi que é impossível visitar e comentar todos os blogs que comentam no nosso. Por isso, decidi que só iria, de fato, acessar e deixar minha opinião naqueles posts que me chamassem atenção. Só que muita gente que não recebia meus comentários, mogoou-se e deixou de comentar no meu.
Ao contrário de isso me deixar frustrado, mostrou-me que o foco é o mais importante. E qual é o nosso foco? É justamente o que você falou? O blog é meu. Quero ter leitores, óbvio, mas ali vai meu pensamento e não o pensamento dos leitores em mim. Tanto que, quando eu publiquei minha exoneração da escola pública, fui criticado por muita gente. Eu escrevi aquilo que me convinha, não o que as pessoas estavam preparadas para ouvir (ler).
Gostei do seu post.
Abração e excelente semana.