Que análise você faz da tua vida?
Então você para e pensa que a vida não valeu a pena. Acha que tudo o que fez até agora foi em vão. Seu tempo não fora aproveitado como diziam os livros de autoajuda. Sente sempre que está no caminho errado. Vive reclamando de tudo o que acontece no seu dia a dia. Acredita que faz só pra sobreviver. Não é pessimista mas fica naquela de achar que os outros não ligam para você. Não sabe dizer se está feliz neste exato momento, ou pior: não sabe nem dizer o que é felicidade!
O famoso “falta de tempo” está sempre presenteando as nossas mais nem tão longas rodas de conversa. Parece até ironia o “rodas de conversa”, visto que a maioria está mais para “links de conversas” que a roda in locu propriamente dita. Mas é assim, você vai encarando tudo como se fosse um mero compromisso: vê a data, se planeja para a tarefa, realiza-a. Pode ser para você, para alguém ou para ambos. Realiza diversos serviços que no fundo, e bem conscientemente, não serão para você. Serão para os outros. Ou como na canção: “os outros são os outros e só..” E conversa com um, reclama com outro, tenta quebrar o gelo vez ou outra, mas acaba no mesmo destino: o problema chegou e eu tenho que resolvê-lo. Mas você tem que fazer, tem que realizar, tem que sempre fazer acontecer. Até que você falha. E a consciência pesa, escorrega, grita, treme, interroga, cutuca, incomoda, te suga até não poder mais... mas ela sempre pode mais, é o peso da consciência que não pesa na balança, mas que dentro de você te faz balançar até cair.
E você cai...
E percebe que não faz mais aquela caminhada na calçada no fim de noite. Que não olha para o céu toda vez que abre a janela pela manhã. Que não agradece a ajuda do vizinho quando este vem lhe dar um oi na frente do portão. Não, você já nem olha mais para ele! Que não se sente motivado em acordar cedo no final de semana para dar aquela ajeitada em alguma parte da casa ou para fazer um passeio descontraído em alguma cidade vizinha. Que não marca mais visitas a parentes ou amigos que antes eram rotina. Que não dispõe de uma tarde para ler um livro, jornal ou revista sem ficar de tempos em tempos conferindo atualizações das redes sociais ou downloads afins. Que não assiste mais a filmes em grupo, pois pode ver online enquanto “tecla” com alguém. Que passa a ver que tudo está diferente, que você está diferente, e por tão diferente assim, você começa a perceber que o outro, agora, é você!
E aí...
Passa a cobrar a visita do outro. Passa a reclamar dos erros dos outros. Passa a querer mais eficiência dos outros...e mais isso, e mais aquilo... Até que se dá conta que um não tem mais nem a companhia do outro (Quem dirá um do outro!). Pois o outro também te trai, te engana, te finge honestidade, te faz acreditar na amizade, te faz sentir um bom profissional, te deixa no conforto de uma boa companhia. E você cai de novo. E o sonho da vida real continua...E você percebe que quem adiava aquelas visitas era você. Que quem evitava de pegar naquele livro tentador para ler, era você. Que quem se desculpava de não assistir aos #bonsfilme em grupo, era você! Que quem cobrava mais, exigia mais... Era você.
Que quem estava errando, na verdade, era você!
Mas aí você levanta, pois do chão, já sabemos, ninguém passa. E, então, você para e pensa que a vida valeu a pena. Acha que tudo o que fez até agora não foi em vão. Seu tempo fora aproveitado como diziam os livros de autoajuda. Sente que está no caminho certo. Quase não reclama das coisas que acontecem no seu dia a dia. Acredita que tudo o que faz, lhe faz viver. Não se prende tanto mais ao que os outros pensam de você. Passa a sentir que a felicidade se faz assim, na simplicidade de querer viver sempre num SIM. E pensar assim não é viver num “Faz de Conta…”
É contar o que a vida nos conta!
Chegou a hora da pausa, da oração: fui até o grande chefe chamado “Coração”. Pedi a ele um grande favor:
-Bom dia, senhor meu Coração! És possível receberes um pouco da minha aflição?
- És sim, meu jovem competente e atuante “Pensamento”. Diga o que o afliges!
- De repente as pessoas pararam de me dar atenção. Na verdade me sinto desconectado por horas a fio, como se algo mais dentro de mim quisesse se comunicar comigo. Mas não entendo, ou melhor, não ME entendo com isso. O que pode ser?
- hmmm isso são sintomas de uma mente em reflexão...
- É mesmo? E isso é perigoso?
- Não, não, claro que não, pelo contrário, lhe traz é mais força e compreensão. Todo o seu corpo se fará sentir com tudo isso, é como se fosse a resposta a uma nova fase em “nossas” vidas. Você é o nosso rei maior, esqueceu? Tudo o que fizeres, querido Pensamento, chegarás até a mim. Às vezes em forma de surpresa, às vezes em forma de susto, às vezes em forma de pura tristeza. A tua responsabilidade é tamanha, que de grande pressão eu vivo por ti. Reparaste nisso alguma vez?
- Pois é, percebo que toda vez que surge uma “zica” tenho que vir até aqui lhe pedir uma solução. Parece que é aqui que consigo energizar minhas ações e concluir minhas definições. Entretanto, ouvi dizer que “aquilo que os olhos não veem, o coração não sente”. Se isso é mesmo uma verdade, por que, então, meu nobre Coração, sinto algo que não vejo?
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O vazio. De repente, o vazio. Nada mais importa. Nada tem sentido. Esse momento acima descreve o passo a passo para o vazio. Esse é o nosso momento.
ResponderExcluirMarcelo,
ResponderExcluirQue texto incrível. Li e reli três vezes.
Despertou uma grande reflexão em mim, pode acreditar.
Abraços
Fabiano
Fantástico esse texto, realmente é para ler e refletir !!!!!!!!!!!
ResponderExcluirBeijo.
Até...
otémooooooooooooooooooooooooo bj e te amo!
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