Desistir…
por Marcelo Moraes
É inevitável você querer desistir de algo. Inevitável, pois se não evita na prática, a pratica no pensamento mentalizando, interiorizando e multiplicando este desejo na imensa rede neural que move um pouco do que somos de seres e do que nos resta de humanos.
É querer que tudo mude de forma igual, que tudo volte como não era antes, mas que antes de ser depois do que foi o que te fez mudar. É assim, como ser complicado na explicação singela e singular que tudo tende a parar. Encontrar um ponto final num caminho em que caíam muitas vírgulas e reticências... Mas este encontro nos conduz aos questionamentos e exclamações! E você cai numa rede de palavras-cruzadas que escorrem por entre as lacunas deixadas pelo ponto e vírgula e das aspas por diversas vezes repetidas.
Já desisti de muita coisa nesta vida. Já pensei em desistir de muitas outras também, mas muita coisa ainda penso no porquê de se desistir e no porquê de se querer desistir. E por que achar que desistir é acabar? Não seria um outro modo de querer recomeçar?
A palavra TEMPO é a minha eterna interrogação, que ora me motiva, ora me decepciona, ora me frustra. Aí me deparo com a outra chamada DESTINO, que é uma incógnita, pois me rodeia de “aspas”, vírgulas, reticências e interrogações (aqui também)... E de nossas obrigações não podemos desistir, temos regras a cumprir: trabalhar, para depois receber para pagar... E a vida nesse ciclo vai-se indo, ano após ano...
“Dizem” que as pessoas mudam com o TEMPO...
Sem dúvida, mudam. Nem sempre para melhor. Mas mudam sim. Mas creio que essas mudanças são sempre parciais: mudamos para melhor num aspecto, deixamos a desejar em outro, e aí fazemos “jus” à lógica da hereditariedade, trazendo um pouco mais de diversidade em nossas vidas. E o ser humano se conhece, se encontra. Ou o DESTINO nos coloca no mesmo ponto e nos faz conhecer o que um faz, o que o outro é! E depois de um TEMPO o que todos querem ser, ter, fazer, falar, encontrar, esquecer, dividir, investir, acreditar e ocultar.
Desistir ou se fazer Existir?
Você se encontra numa fase decisiva na vida, pode ser pessoal ou profissional, ou em ambas, e começa a borbulhar em novos pensamentos e atitudes. Analisa o que você é, o que tem, o que quer, o que precisa atingir para sentir-se realizado, satisfeito. Quem traça metas tem mesmo que gozar de suas conquistas. E nada de questionar nossos desejos, pois materiais ou sensoriais, são de caráter individual. Cada um deixa o seu “suor” em troca de algo “suado”. O que você puder comprar compre. O que você puder presentear presenteie. É o seu desejo, o seu foco de sentir-se um ser ali dentro de si, dentro de alguém. Mas não cobre ninguém e não SE COBRE também: se conduza. Dissemine os seus anseios de que és seu grande fã! Valorize-se! Não se permita conviver com quem não valha a pena. Mas invista em quem valha. Dê uma chance, duas, quantas forem preciso, mostre que o seu valor está aí, e não no que o outro julga de ti!
Às vezes torna-se muito mais difícil a convivência com colegas de trabalho que com os tão falados “parentes serpentes”, pois muitas vezes o teu valor é tão grande diante dos outros, que muitos não suportam esta força tamanha e lhe devolvem em forma de “troco” centavos de fofocas e difamações. Às vezes nem isso, mas o simples fato de sempre tentar ofuscar esta energia luminosa que você irradia. E mesmo com o seu valor tamanho, diante desta situação, por em prática o auto-controle é fundamental. Pois onde quer que você vá, a sua estrela irá brilhar. E toda estrela como tal, é dotada de sua própria luz. Os outros são como a lua, astros também, porém dependerão sempre da luz de alguém para refletir a todos o que não tem.
E se Desistir?
Desistiu do fracasso? Ótimo! Desistiu do desânimo? Excelente! Desistiu de se igualar aos “outros”? Perfeito! Então desista sempre! Desista o quanto puder e espalhe aos outros sobre a sua derrota invertida, que com certeza, eles desistirão de outras coisas também...
Mas... E quem não desistir... Da arte de Educar?
Receba tudo o que lhe oferecerem: reclames, fofocas, intrigas, cobranças, inveja, pressões, regras, pais, alunos, hora extra, dificuldades, improviso, insônia, notas vermelhas, dor de cabeça, falsidade, aparências, concorrência, enxaqueca, cansaço, reuniões, conselhos, e o pior de todos: o desrespeito!
Estampe-as todas em um pequeno ou grande mural, se não puder, fixe-as sobre a lousa. Transforme cada palavra numa frase e coloque o nome de alguém. Agora veja o seu nome em cada frase. Uma sensação forte irá lhe cutucar. Pronto, pode dizeres que dali tirarás uma grande lição: Se não queres que o teu nome estejas ali, não despedice o seu tempo colocando o de outro no mesmo lugar. Caso contrário, um dia aquele mesmo nome poderá colocar o teu! Transmita aos alunos. Simples assim... Ou não??????
Ai, interrogação, por que sempre me deixas na mão??? rss
Diferente do que poderia ser, hoje não estou falando do ensino, da nossa tão falada educação. Estou falando de quem educa, ou de quem deveria educar: os Professores. Há muitas entrelinhas nesta trajetória que escolhemos seguir. Há muita competição também. Há os que buscam a popularidade diante dos alunos; os que buscam a sua compreensão; os que “fantasiam um ensino fantástico” diante da falta de estrutura oferecida em “seu” colégio; os que sonham bastante; os que reclamam bastante; os que apenas cumprem o seu horário; os que sempre desprezam que têm horários; os que somam; os que subtraem. Porém, nada do que parece estar perdido é uma perda de fato, mas um ganho. Nesta empreitada em que mergulhamos de cabeça encontramos professores que por um tempo chamamos de colega e que depois passam a nos chamar de amigo. E como também já sabemos: não importa em que momento, em que circunstância estivermos, quem tem um amigo nunca estará sozinho.
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Olá, Marcelo!
ResponderExcluirAntes de qualquer coisa: PARABÉNS PELO SEU DIA! Ainda que eu esteja um "cadiquinho" atrasada para cumprimentá-lo, ainda está valendo, afinal, não és professor somente nesta data, és aí dentro, 24 horas por dia, 7 dias na semana, 12 meses no ano... Sim! Aí dentro, bem do ladinho esquerdo do peito!
Bons professores se fazem assim mesmo, desistindo, abdicando de muitas coisas na tentativa de serem ainda melhores para seus alunos, para si mesmos... Ainda que muitos deem um zilhão de motivos para que desistas, para que diminuas seu interesse em seguir sua missão, continuas firme e forte! Por isso, novamente, meus parabéns! Poucos fazem essa reflexão: desistir ou não? Muitos "chutam o balde", "penduram as chuteiras" e nem se dão ao trabalho de pensar, simplesmente decidem que educar não vale mais a pena neste país.
Estou meio sumidinha, mas, às vezes dou uma fugida do atual expediente (em tempo integral) de mamãe e apareço, ok?rs
Bjins e até qualquer hora (não prometo que será em breve...rs). Muita paz e continue com essa luz que irradias, inclusive, nas palavras do ALV!